sábado, 15 de dezembro de 2012

Dia 15/12/2012 - Começo enrolado.


Havíamos planejado, pelo menos eu, que no dia 15 iriamos nos reunir todos em Torre de Pedra, sem compromissos de horário, cada um chegaria a casa da Marlene (minha ex-esposa) na horário que pudesse, pois havia muitos problemas com compromíssos de trabalho por parte do Magá e do André. Desta forma, o Valdir, irmão da Marlene, gentilmente nos cedeu a sua do sítio onde iríamos passar a noite para podermos partir no domingo muito cedo. A Marlene já havia providenciado tudo, inclusive a lenha e o local para fazermos uma fogueira, eu imaginei que iriamos assim sem stress iniciarmos a viagem no domingo.  Como o André e o Magá conseguiram resolver suas questões de trabalho acabaram ficando com o sábado livre, porém minha proposta continuou a mesma, contudo o Zeca achava que deveríamos seguir adiante no próprio dia 15, iniciando assim a viagem neste dia. Depois de alguns telefonemas chegamos ao consenso, iriamos nos encontrar na Castelo Branco, no posto Graal de Jandira, por volta das 10 h da manhã, dali seguiríamos para Torre onde almoçaríamos na casa da Marlene, depois com calma começaríamos a viagem, chegando onde desse neste dia.

A Suzi ainda limpinha antes da viagem,
Saí de casa às 09 h e combinei com a Sueli (minha namorada) de nos encontrarmos lá no posto Graal, pois ela foi de carro, não preciso dizer que estava chovendo!    Igualzinho a 2010, inicio com chuva, quando cheguei ao local, eram 09:50 h, liguei para a Sueli que estava dentro do restaurante e já havia encontrado o Zeca, o André já estava lá com a moto parada próxima ao taxí amarelo (o Bel Air).
Fui ao encontro do Zeca, que estava nervoso, pois não encontrava o seu celular, ele concluiu então que, ou havia deixado o mesmo em seu apartamento ou o mesmo teria caído no estacionamento do prédio. Ele então decidiu voltar para casa para procurar, lhe dissemos que fosse tranquilo, pois iriamos esperar. Ficamos então os três, a Sueli o André e eu conversando em frente ao Bel Air, enquanto chovia, parava e voltava a chover. Nisto o André tentava contato com o Magá sem sucesso, até que conseguiu e o Magá lhe disse que estava em casa ainda, pois não achava a chave do baú da moto...

No posto Graal início da Castello
Vocês Acham que estou bravo?

A bagagem do André, sempre bem arrumadinha
Era só brincadeira!
Tratei de avisar a Marlene sobre a situação, pois eu estava levando comigo a carne para o churrasco, pelo jeito não haveria mais churrasco, então lhe avisei para pensar em um plano B, pois de qualquer forma iriamos almoçar lá.
Ficamos muito tempo ali conversando, até que começou a sair fumaça de uma lixeira, algum esperto jogou uma bituca de cigarro acesa dentro da lixeira, que pegou fogo, eu e o André corremos até o posto de gasolina com duas garrafas PET nas mãos, pegamos água e um funcionário do posto aquele "regador" que usam para lavar os vidros dos carros, jogamos muita água, até que apareceu um segurança do local e lhe explicamos o acontecido, incêndio controlado.
Guardamos de volta nossas garrafas PET, pois eram para levar combustível nos trechos críticos da Argentina e Bolívia.

O Magá chegou, tiramos fotos, fizemos piadas e o tempo passando.

Aí está o Magá!
Por mais que eu me esforce não convenço, mas eles...

O Zeca avisou que achou o celular em casa, porem iria resolver alguma outra coisa que havia esquecido por lá, decidimos então seguirmos para a Torre, ele nos encontraria lá, saímos do Graal ao meio dia.

Me despedindo da Sueli
Me despedi a Sueli que muito triste voltou de lá para casa enquanto nós seguimos para Torre, chuva, chuva e mais chuva além de um congestionamento devido a um acidente no trecho entre São Roque e Sorocaba, no retão do km 60, muitos carros na grama no canteiro central e um destruído ainda sobre a faixa da esquerda, não foi um bom final de ano para aquelas pessoas todas...

Chegamos a Torre sob chuva, meus cachorrinhos fizeram uma festa !

O plano B, da Marlene foi comprar um frango gigante frito inteiro, tem algum lugar lá que tem esta especialidade, já que o churrasco e a fogueira foram ambos cancelados, o churrasco pelo atraso e a fogueira (que seria a noite) porque iriamos iniciar a viagem naquele dia mesmo e porque não parava de chover.

Enquanto esperávamos pelo Zeca, brincamos com os cachorrinhos, que me sujaram de barro, sem problemas, eles podem fazer o que quiserem !

O Zeca chegou, almoçou rapidamente e logo já estávamos de partida, para tristeza minha e da matilha...
O André sempre animado
Olha a bagunça, a Marlene só de olho
A Marlene à esquerda e a Lucilene à direita
Enfim todos reunidos!
Despedida, só apareceu o rabicó do Kadú...

Nos despedimos do seu Adi, da Marlene e da Lucilene.  Porém antes de sairmos, sincronizamos os Scala Riders (intercomunicadores).

Agora com todo mundo conectado, o falatório era geral, o Magá começou a contar suas piadas enquanto já providenciava um apelido para cada um de nós, rodamos bastante na Castello Branco com aquela falação sem parar, o Magá ou contava piadas ou fazia piadas de algum de nós!

Finalmente o Magá falou algo sério, avisou que sua moto sinalizava reserva,  no km 265 vimos o posto Bizungão em Avaré, porém como ele fica do outro lado da pista, voltando sentido SP e tem-se que fazer um retorno, fiz sinal para irmos para o próximo, o que fizemos, porém poucos km a frente a moto do Magá parou, pane seca. O Magá foi motivo se muita gozação, pois até ali ele já havia zoado todo mundo pelo intercomunicador, o André tirou 1 litro da moto dele e abasteceu a do Magá, ok voltamos a rodar e 1.5 km à frente estava o posto que procurávamos, ou seja, era só mais um pouquinho.  Todos abastecemos as motos e fomos tomar algo no restaurante, ficamos ali um bom tempo conversando, esta é uma característica das viagens de moto com mais de duas pessoas, o papo engrena e o tempo passa sem que a gente perceba.

Nossa meta do dia passou a ser Maringá se desse, se não, seria Londrina.

A parada no posto depois da pane seca da moto do Magá

O Zeca e a poderosa F800

O Magá não tá preocupado1
A tarde já ia longe quando saímos no final da Castelo e pegamos a SP-225 Rod. João Cabral Renno, pouco rodamos e já caímos em um novo pedágio, porém aqui ao contrário da Castello, motos pagam. Como já havíamos combinado, deixei o saquinho plástico com o dinheiro com o Zeca que ficaria encarregado de pagar os pedágios. Nós três, ele, eu e o André nos alinhamos para uma cabine quando ouvimos uma sirene e alguém correndo, o Magá foi pela lateral direita achando que ali como na Castello, motos não pagavam!  Ele foi multado pela câmera de controle de fuga!  Nós avisamos a atendente da cabine, pagamos a parte do Magá, mas o André teve de assinar um documento para que a multa do Magá fosse posteriormente cancelada. Como ele até aquele momento vinha zoando todo mundo pelo Scala Rider, nós não o perdoamos, ele ouviu muita gozação de nós a partir dali.


Depois de passarmos, sem parar pela Estação Café, em Santa Cruz do Rio Pardo, saímos da Rod. João Cabral Renno e "caímos" na Rod. Orlando Quagliato, que é a continuação e logo em seguida, em Ourinhos, está a rotatória entre esta rodovia, a Raposo Tavares e a Transbrasiliana, o GPS de alguém indicava um caminho, os demais outro, o que nos fez darmos mais uma volta na rotatória e seguirmos pela Raposo, caminho errado...  Na realidade, como todos os caminhos levam a Roma, havia placas na Raposo indicando Londrina e Maringá, porém sem sabermos, por um caminho 75 km maior!

No próximo pedágio, o Magá sendo zoado até o último, alinhou a moto conosco em uma cabine, porém quando a atendente liberou a passagem de uma moto (por vez) ele passou junto com o André!
 Novamente alarme e ia dar outra multa, porém avisamos a atendente que ele era novato, meio desprovido de inteligência e outros pejorativos que ele escutou pelo intercomunicador, o Magá tá causando!

Rodamos 62 km pela Raposo até finalmente em Assis, sairmos pela Rod. Miguel Jubran, o que nos fez passar sobre a linda ponte sobre o Rio Paranapanema, quando finalmente entramos no estado do Paraná.  Mudou de estado e a rodovia mudou de nome, Celso Cid, foi ali que paramos no posto Chapadão do Tigre. Não preciso dizer que parava de chover só para começar a chover de novo em todo este trajeto.  Abastecemos e eu descobri que o cafezinho que tanto eu queria tomar, era cortesia do posto, que bom!   Quando fomos sair o André pediu para esperamos, pois ouviu um barulho estranho ao ligar a moto, desligou e foi conferir o nível do óleo, mais que óleo ? Não aparecia nada no visor de nível !  Mil especulações e, ao final ele comprou 2 litros de óleo no posto e foi colocando no motor... Foram necessários os dois litros para que o nível voltasse ao normal, porém dois litros são a quantidade total de uma DR-RSE !   Conclusão, não sabíamos como, mas a moto do André, sumiu com 2L de óleo !

A parada no posto Bizungão, já no Paraná

O Magá além de fazer piadas, come o tempo todo!

Molhado e cansado, mas ainda temos que chegar a Lonrina

O Sol já se vai no horizonte
Ele ficou muito mal, já dando como certo o seu abandono da viagem, mas como lhe dissemos, se havia algum vazamento este não estava visível, talvez por causa de tanta chuva, propus que rodássemos um pouco e fizéssemos novamente a verificação, assim poderíamos descobrir quanto estava perdendo de óleo.  Como o GPS informava que faltavam 65 km para Londrina, propus seguirmos, já era fim de tarde, dormiríamos em Londrina e se houvesse vazamento, com a moto parada ele apareceria.

Pelo menos parou de chover
Seguimos até Londrina, onde chegamos já a noite, rodamos um tanto procurando hotel, até que em um posto o André verificou que o nível havia abaixado um pouquinho apenas, nos indicaram um hotel em frente a rodoviária.  Enfim encontramos o hotel Rocha, pelo preço, R$ 40,00 por pessoa, pegamos quartos individuais, porém só haviam os do subsolo, então lá fomos nós tirar a bagagem, cansados e molhados.
Os quartos eram pequenos, sujos, não tinha sabonete nem toalha e eu tomei um banho frio, pois era a única água que saía daquele chuveiro.
Pendurei minhas meias no ventilador do teto na esperança que elas secassem um pouco, pendurei minhas roupas em um varal que improvisei entre a maçaneta da porta e o puxador da janela, enquanto uma baratinha corria pelo quarto...


Nos encontramos na recepção do hotel e fomos a pé para a rodoviária procurar algo para comer, acabamos comendo um PF cada um no restaurante que encontramos onde as atendentes estavam de mal humor, lembrei a todos que eram 11 horas da noite de um sábado, improvável algum jovem trabalhar de bom humor em um sábado a uma hora destas... Conversamos muito e o André já estava mais calmo, eu da minha parte já havia considerado abortar a viagem caso ele não pudesse prosseguir, afinal depois da Rutas y Quebradas I, planejamos por dois anos esta segunda viagem, eu não iria me sentir bem deixando-o para trás.  Voltamos para o hotel, guardamos as motos na garagem coberta e eu fui tentar dormir, não preciso dizer que dormi muito mal.  Deixei a janela aberta por causa do calor, porém ela dava direto para o estacionamento, barulho, luzes dos carros entrando e saindo, cama das piores. Olha que eu não sou nada exigente!


3 comentários:

  1. Ia sim, Andrézito! Voltaria com você para SP.

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  2. eu bem que quis me esconder dentro do saco estanque e ir junto mas.....
    achei melhor esperar minha vez!

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