quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dia 19/12/2012 - Um dia quase à toa em Salta.

Sempre ouvi dizer que com a idade a gente dorme menos, neste caso e também devido a acordar muito cedo desde os meus 13 anos de idade, sempre acordo antes de todo mundo, porém quando era mais novo, era imperativo para mim dormir cedo para acordar cedo. Agora, já não faz diferença, mesmo dormindo tarde, acordo cedo, hum.. isto não é um bom sinal, quer dizer que a minha idade avança.

No Le Petit o café da manhã é servido no pequeno restaurante que forma a fachada do hotel, com uma plena vista da avenida em frente, é muito agradável, mais agradável ainda foi descobrir que nesta nossa ausência de dois anos, eles mudaram o estilo de servir o café, antes era no estilo argentino, um café, dois pãezinhos e um suco, só !  Agora não, é no estilo americano, com bastante variedade e self-service. Eu não perguntei, mas acredito que, com a visita de tantos brasileiros alguém deve ter sugerido ou reclamado, bem, não importa, o que importa é que está muito bom.
Pra mim, o importante mesmo é tem media lunas !   Media lunas são croissants em formato curvo, porém é o croissant original europeu, que é doce e ôco, assim podemos abrí-lo na lateral e recheá-lo com geleia, eu adoro.  Não sei porque, mas no Brasil ninguém faz este croissant, só salgado e sempre recheado com presunto ou queijo. A última vez que havia comido media lunas, foi em fevereiro, quando estive em Buenos Aires a trabalho, desta vez para matar a vontade, comi três !

Estava um lindo dia de sol, quente como sempre em Salta, voltei ao quarto procurando fazer de tudo para não acordar o André, mas o simples fato de abrir a porta enchia o quarto de luz.  Tudo mundo acordou um pouco mais tarde, e eu que já tinha tomado café, fiquei por lá no restaurante conversando com eles.  Era uma quarta-feira, eu já havia perdido a noção do dia da semana, o que pra mim é um ótimo sinal, pois só acontece quando estou de férias e desligo dos problemas. Tínhamos apenas um compromisso para aquele dia, que era fazermos as trocas de óleo das motos, então estávamos tranquilos.


O Hotel Le Petit
No calor de Salta
É um lugar muito agradável
A fachada do Le Petit   (foto Zeca) 
Eu havia deixado o celular carregando à noite, então ali na tranquilidade daquela manhã o celular tocou, eu não me lembro quem me falou "meu, se é de serviço de novo, desliga !" Isto porque no dia anterior lá em Quitilipi, eu já havia atendido um cliente. Eu disse "tenho que atender", pois era uma ligação do chefe, do chefe do meu chefe !
É que ele já foi meu chefe direto, muitos anos atrás, ele queria me avisar, e de certa forma me intimar, a participar de uma reunião em Janeiro de 2013. Bem, ele me disse que me ligou antes de ligar para o chefe do meu chefe, apenas para me dar ciência do assunto e da importância deste.  Ok, vocês acham que eu iria dizer não...  manda quem pode, obedece quem tem juízo !  Por sorte a reunião seria no dia 10 de janeiro, então eu já estaria no Brasil conforme planejado, ufa!  Mais foi por pouco, pois a previsão era de finalizarmos a viagem no dia 08!

Na mesma calçada do Le Petit, logo adiante a uns 50 metros, há um micro mercado, eu fui lá para comprar água, e depois fiquei sentado à sombra em frente a piscina, esperando todos ficarem prontos para irmos trocar o óleo das motos, depois de ter deixado algumas roupas com a camareira para ela colocar para secar. Lá no alto da parte frontal do hotel, tem um terraço, não é possivel ver debaixo, mas ela disse que lá tinha varal, ótimo, pois durante o banho, sempre se aproveita para lavar algo mais que o próprio corpo.

Na frente do hotel o André espera
As motos também
Eu também
Quando fomos sair todos juntos de moto, nosso destino era a Avenida Jujuy, onde há a loja de peças Moto Cabrera, não conseguimos parear todos os intercomunicadores, assim ficamos divididos, eu falava com o André, o Maga falava com o Zeca.  Tanto o André, como eu, conhecíamos o caminho, mas os demais não, o problema é o trânsito, que é pesado e caótico para andar de motos, pois os carros não andam alinhados formando o corredor, além disto o calor é terrível em Salta no meio do trânsito.

Em frente ao Le Petit, fica o parque San Martin, de onde inclusive parte o teleférico para o Serro San Bernardo, no meio do parque passa a Av. San Martin, por onde fomos, porém mais adiante, quando esta cruza com a Calle Buenos Aires, a mesma fica intransitável, devido aos comércios em ambos os lados, daí muitos carros estacionados ou entrando e saindo.
Neste dia, para piorar havia uns cones dividindo as pistas, o que fez com que nos separássemos. Quando finalmente consegui virar a esquina da Av. Jujuy, não sabia mais onde estavam o Zeca e o André, porém sabia que o Magá vinha atrás de mim, mas também o perdi.  Eu não lembrava mais se o Cabrera era número 450 ou 650, mas sabia que era do outro lado da avenida, que eu não conseguia cruzar. Parei rente ao meio fio, desliguei a moto e fui voltando a pé para ver se achava o Magá, ele estava logo atrás.  Eu lhe disse que o André sabia onde era, como nós dali já podíamos ver a placa da loja do outro lado da avenida, decidos cruzar aquele mar de carros e ir para lá. Quando subimos na calçada, não havia como estacionar na avenida, as motos do André e do Zeca já estavam lá. Além do trânsito caótico, do calor, da falta de lugar para estacionar, havia também uma obra onde operários quebravam uma parte da pista com britadeiras.  Por isto o trânsito estava pior e não havia lugar para estacionar a não ser sobre a calçada, perto da obra.
Bem, deixamos as motos ali derretendo ao sol de Salta e entramos na loja, que tem ar condicionado é claro, pegamos as nossas senhas e ficamos esperando uma vaga para sentar, esta loja está sempre lotada, o tempo de espera é grande, por isto quem consegue sentar em um dos bancos é um felizardo. Nós conseguimos empilhar nossos capacetes em uma ponta do banco encostada no bebedouro.  Ficamos de olho neles, pois capacetes são muito caros na Argentina, iguais aos nossos então!

Todos, exceto o Zeca, compramos óleo, não tinha Motul 3000, então comprei Elf, o Magá também, por isto ganhamos de brinde um copo plástico para viagem, muito bom.
O Zeca já tinha programado a revisão de 20 mil km para ser feita em uma concessionária BMW em Tucuman, quando estivéssemos já voltando.

Saímos do Moto Cabrera e já viramos a esquina da Calle Esteco, na segunda à esquerda entra-se na Calle San Juan e 4 quarteirões adiante já estávamos na frente da HJR, que fica na esquina da San Juan com a 10 de Octubre, em frente a plaza Gurruchaga.  Devido ao sol impiedoso o André e o Zeca estacionaram mais adiante à sombra de árvores. Eu deixei a moto na frente e entrei na oficina, lá estava o Sr. Hugo, ele lembrou-se de nós.  Ele agora tem o filho como companheiro de trabalho, enquanto o garoto preparava o espaço o Hugo já ligou a minha moto e subiu a rampa para dentro da oficina. Eu e o Magá ficamos ali olhando as muitas motos antigas, porém super conservadas, que havia na oficina. Tinha uma GT380 e duas CB750 (as famosas sete galo da década de 70), lindas as motos, ficamos comparando as soluções tecnológicas daquela época com as atuais, em especial com uma BMW 1200 atual que estava junto às antigas.

O Hugo trocando o óleo da Suzi
E o filtro também
Enquanto isto, o André e o Magá se escondem à sombra de uma árvore (foto Zeca)
Tanto a minha DR como a XT do Magá, tinham que trocar o óleo e o filtro, o Magá havia comprado o filtro no Cabrera, mas tinha dúvidas se era mesmo do modelo da moto dele, eu já sabendo que Suzukis praticamente não existem na Argentina, já levei o meu.  Fui lá fora conversar com o André e o Zeca, o André havia comprado água gelada!

Voltei para dentro da oficina e perguntei para o Hugo quanto era o serviço, ele disse 100 pesos !  Eu arregalei os olhos e fui lá fora falar para o Magá, pois o Hugo já ia colocar a moto dele para dentro, disse ele tá cobrando 100 pesos da minha !  É melhor perguntar quanto vai custar a sua !  Voltamos lá e aí o Hugo nos disse que eram 100 pelas duas.
Ah bom, mesmo assim caro, para a minha, mas depois entendi que não tão caro pela 660R do Magá, Ô coisa complicada que é trocar o óleo de XT660R !

Enquanto era trocado o óleo da moto do Magá, ficamos lá fora admirando um mini caminhão feito com componentes de moto, é de um fabricante chamado Motomel, que é argentino. Muito bem feito, pois o chassis é próprio para o uso e muito reforçado, a carroceria, tudo muito bem feito, inclusive a transmissão é por cardã e diferencial no eixo traseiro rígido.
O difícil é acreditar que aquele motorzinho de 150 cc puxa aquilo com carga!   Mas o segredo está na transmissão, acredito que ele ande no máximo a 60 / 80 km/h, pois a transmissão deve ser muito reduzida.  Aliás, o que se vê de motos desta marca Motomel na Argentina! Descobri posteriormente, que eles fabricam mais de 60 modelos!


Olha só que negócio bem feito!  (foto Zeca)
Transmissão por cardã  (foto Zeca)
Um motor de 150cc puxa isto!  (foto Zeca)
A moto do Zeca ainda tem borboletas!  (foto Zeca)

Eu sugeri ao André que ele fizesse a troca de óleo da moto dele também, mas ele não quis, pois estava constantemente completando óleo, mas eu disse que pelo menos faria uma limpeza, pois o óleo sendo completado, permanecia sempre sujo. Ele não quis, pois iria gastar mais ainda com óleo e mão de obra, e como ele disse, estava colocando tanto óleo que não dava pra ficar tão sujo assim, ok, não insisti.

A esta altura, tínhamos que almoçar, o André e eu convencemos o Zeca e o Magá que era melhor deixarmos as motos no hotel e irmos à pé a praça central de Salta, pois além do trânsito caótico, era ruim de estacionar. Foi então o que fizemos, voltamos pela Calle Mendoza e deixamos as motos em frente ao hotel.

Fomos à pé pela calle Urquiza em direção a plaza 9 de Julio, que é a praça central, no caminho, como sempre, falamos muito, acho que foi neste trajeto que alguém contou ter encontrado novamente com o cara da Hayabusa lá no hotel, ele disse que foi andar de moto pelo centro de Salta sem capacete !  Aí um guarda de trânsito o parou e apesar de não ter lhe multado (provavelmente teria de levá-lo à delegacia) lhe deu a maior bronca, ele ao que parece ria da situação.  Ok, algumas pessoas andam sem capacete na Argentina, com motos pequenas e ciclomotores, mas mesmo que fosse permitido, eu jamais andaria sem capacete com uma moto de 170 CV de potência e 320 kg de peso!   Mas, cada um, cada um...

Na nossa caminhada pelas ruas de Salta, meu senso de direção indicava que deveríamos ir um pouco para a direita, acabamos na calle Córdoba, que passa em frente a bela igreja de San Francisco, que é toda pintada de vermelho  com detalhes brancos e dourados. É muito bonita, e atípica, infelizmente julguei que seria possível visitá-la por dentro na volta, o que acabou não acontecendo.

Como eu tinha dúvidas, perguntei a uma garota o sentido para a praça, ela disse que era só virar a esquina. Meu senso de direção estava certo, pelo menos desta vez...




Nós a caminho da Plaza 9 de Júlio
O que o Zeca está fotografando?
Isto! A Igreja de São Francisco (foto Zeca)
Agora vista de frente (foto Zeca)
A praça 9 de Julio é cercada de lojas e restaurantes, aí quando se está em várias pessoas e se tem muitas opções, adivinha o que acontece?  A gente não consegue escolher uma das opções!

Por isto, andamos bastante, tentando escolher onde comer, até que finalmente decidimos ficar sentados nas mesas externas do restaurante New Time, na esquina entre as calles Caseros e Mitre, como sempre o sol estava fortíssimo, um belo dia.  Agora, tantos meses depois, eu já não me lembro o que comi, mas me lembro que este almoço foi no capricho, claro que com aquele calor tomamos umas cervejas bem geladas antes!

Enquanto esperávamos a nossa comida, duas garotas muito bonitas, sentaram-se à esquerda de onde estávamos, elas eram européias não tenho dúvida, uma loira e a outra ruiva. A ruiva estava dando bandeira para o Magá, ela devia ter uns vinte e poucos anos, com um rosto muito delicado, realmente a ruiva era linda !   Nós ficamos atiçando o Magá para ir lá falar com ela, mas ele disse que não, que elas eram um casal...
De fato elas se tocavam o tempo todo, principalmente uma colocando a mão nas pernas da outra, aí eu disse que era só para provocá-lo!
Ok, nosso almoço chegou, voltamos a nossa concentração para o que realmente nos interessava, que era matar a nossa fome.  Mas não sem antes irritar o Magá falando dos seus cabelos desgrenhados, o cara tava cabeludo e o vento fazia o seu serviço, eu dizia para ele que a ruiva olhava para mim e não para ele, pois com aquele ninho de cegonhas na cabeça nenhuma menina bonita iria olhar para ele. Ele gosta de zoar a gente, aí quando temos oportunidade, claro que zoamos ele ao cubo !

Depois de um longo tempo de conversa e um bom almoço, cruzamos a plaza 9 de Julio no sentido nordeste até a Calle Spanã, mais uma vez não visitei a Catedral de Salta, que segundo consta é linda por dentro. Seguimos pela Calle Zuviria, pois avistamos alguns bancos, o Magá ainda tinha o problema do cartão, acho que foi neste dia pela manhã que ele, lá do Le Petit, ligou para a operadora do cartão e descobriu porque haviam bloqueado o mesmo, foi uma orelhada de alguém por lá que registrou o nome da mãe do Magá sem um dos sobrenomes, daí quando esta informação lhe foi solicitada lá em Corrientes, ele disse o nome completo e como não bateu, bloquearam. Agora segundo constava estava tudo ok, o Magá então só precisava achar um caixa plus. Eu não me lembro em qual ele conseguiu, mas finalmente agora tinha dinheiro argentino. Fizemos fila para lhe cobrar !   Brincadeira, ele já havia pago a conta do restaurante com seu cartão de crédito e abatido boa parte com todos.



Um cantinho da praça 9 de Júlio (foto Zeca)
Cadê o Wally?   (foto Zeca)
Enfim achamos um lugar como queríamos
Agora sim!
Tim tim !  (foto Zeca)
Humm!   (foto Zeca)

A Catedral de Salta
Acabamos voltando pela Av. Belgrano, e quase ao lado do Gran Hotel Presidente, havia um sorveteria, eu pedi um sorvete de duas bochas (bolas) e todos algo por aí, então nos sentamos em uma mesinha do lado de fora. Um carro forte todo amarelo parou bem em frente a sorveteria, os ocupantes desceram e foram comprar sorvetes!  Ficaram parados ali um bom tempo, imagina isso no Brasil ?  Teriam sido assaltados e até os sorvetes os ladrões teriam levado!   A Argentina não é o lugar mais seguro do mundo, mas em nenhum momento nos sentimos inseguros, é completamente diferente do Brasil, onde temos que ficar de olhos abertos o tempo todo. Claro que não estávamos em becos de Buenos Aires, aliás estávamos muito distantes de lá uns 1500 km. 

Depois do sorvete voltamos pela calle Spanã onde a certa altura o Magá nos disse, "encontro vocês depois no hotel, vou cortar mi pelos", de fato havia uma "peluqueria"  (cabelereiro) no lado direito da rua. Acho que a nossa zoação sobre o seus cabelos surtiu efeito!    Seguimos então nós três, o André o Zeca e eu para o Le Petit.   Eu acho que foi após esta volta que finalmente entrei na piscina, o sol de Salta é absurdo de forte.

Quando o Magá chegou estava irreconhecível, e claro que nós lhe dissemos que agora ele estava com cara de gente, vejam só quanta gentileza nós destilávamos uns com os outros.

Então decidimos que iríamos passear de teleférico, o Zeca, eu e o novo integrante da turma (que susbtituiu o Magá cabeludo), o André não quis ir, disse que já conhecia, e de fato eu até pensei em não ir, mas julguei melhor levar os companheiros, vai que eles se perdem!

Já deviam ser umas 5 horas da tarde, quando cruzamos a rua em frente ao hotel, na praça em frente a uns 100 metros fica o embarque no teleférico, passamos por uma turma que, de uniformes prestavam muito a atenção a um professor de artes marciais. Não sei qual era a "arte", pois estavam todos parados atentos às instruções teóricas.

Compramos nossas entradas e ficamos esperando pelo bondinho, aí observamos que alguns eram todo fechados e outros com grades abertas, ficamos esperando até que um aberto desceu, neste calor não dá, pois é claro que os fechados não tinham ar condicionado!
O teleférico sobe bem ao lado do hotel, e tanto na ida como na volta, passamos muito perto do hotel, por cima, dá para ver a piscina. O dia estava lindo, e fomos nos divertindo com as fotografias.  Lá em cima no Serro San Bernardo, há uma vista completa de Salta e dos entornos, incluindo a parte de trás do Serro. De lá dá para ver o inicio dos Andes distante no horizonte.  É lugar agradável, muita gente visita este lugar, passeamos um pouco dando a volta por trás do teleférico até irmos ao restaurante onde há um mirante voltado para a cidade.  Bem perto dali há um relógio de sol, tirei meu relógio de pulso e coloquei ali para fotografar, pois ambos estavam marcando o mesmo horário, certinho!




A praça em frente ao hotel, de onde parte o teleférico
Dois caras grandes e um pequeno, o do meio claro!  (foto Zeca)
Tinha gente com medo, pode?
Zeca, eu e o Magá
Olha o Le Petit visto do bondinho do teleférico!
Aqui tá bom demais!
Logo que começa a subir
O desembarque na parte de cima do serro
O parque é muito agradável





Eu e Salta ao fundo
O Zeca filmando tudo
O Magá fotografando tudo
Tranquilidade

Olha isto! meu relógio e o relógio de soil!
Zeca  (foto Zeca)
Vista de trás do Serro (foto Zeca)

Quando descemos o sol também já descia no horizonte, o que não descia era a temperatura !  Eu não me lembro mais o que fizemos neste resto de dia, acho que fiquei de bobeira olhando o pessoal se divertir na piscina, também devo ter arrumado minhas coisas para o dia seguinte, pois o pessoal do hotel havia pedido que eu e o André, mudássemos do quarto 12 para o 18, pois o 12 tinha reserva a partir daquele dia.  O Zeca nos havia dito que o Miguel viria de San Salvador de Jujuy até Salta, só para nos visitar!

À noite, já com tudo arrumado, quer dizer, espalhado pelo quarto 12, fomos lá para a recepção, pois o Miguel Liendo e o Eduardo Barcat haviam chegado. Ficamos ali na frente do hotel, sentados naquela mureta tomando umas cervejas e conversando sobre o quê ?   Motos é claro !     O Miguel contou uns segredos importantes para o Magá sobre como regular a mistura na injeção eletrônica das XT660R, apenas pressionando uma sequencia no painel da moto. Com isto ele obteria (como de fato obteve) um ótimo rendimento na altitude dos Andes.  Quanto à moto do André, após uma rápida análise já concluiu, mistura excessivamente rica, o que estava "lavando" o óleo que sobe com os anéis. Como não havia ali a chave especial que é necessária para fazer a regulagem da entrada de combustível, ele fez uma compensação na entrada de ar, deixando-a toda aberta, porém, avisou o André para travar o parafuso com uma cola, pois o mesmo poderia vir a cair com a vibração, nós nem imaginávamos por quanta vibração passaríamos a partir do dia seguinte, tínhamos uma noção por causa do Paso de Sico, só que agora haveria muito mais offroad!

O Miguel Liendo e o André, analisando o Trovão Azual (foto Zeca)
O Magá conectado, enquanto eu e o Eduardo conversávamos (foto Zeca)
O André e o Miguel estão mesmo intertidos! (foto Zeca)
O Eduardo e eu, que já estou já meio tonto das cervejas!  (foto Zeca)
Salta à noite (foto Zeca)
Magá, Eduardo, Zeca e Miguel, foram jantar  (foto Zeca)
Enquanto isto eu e o Eduardo conversávamos tranquilamente sentados na mureta, mas o meu cansaço aliado a alguns copos de cerveja estavam me derrubando.  Foi quando eles decidiram sair para jantar, eu fiquei muito sem jeito, mas sabia que não tinha condições físicas de acompanhá-los, contrariado pedi desculpas, mas disse que não iria, eu estava dormindo em pé !    O André acabou não indo também, acho que as cervejas derrubaram ele também.

No dia seguinte o Magá e o Zeca nos contaram que haviam ido ao restaurante das empanadas.    Eu fiquei sempre admirado com a disposição do Zeca, pois ele é uns 12 anos mais velho que eu, mas eu não consigo acompanhar o seu ritmo.

Amanhã vamos subir os Andes mais uma vez!

2 comentários:

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  2. adorei aquela foto de vc e Salta ao fundo, ficou lindo!!
    quanto a ficar tonto com as cervejas, só podia mesmo!! pelas fotos passaram o dia se refrescando ao sabor delas..

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